Perigos do Hexano
O hexano é um composto orgânico da família dos hidrocarbonetos alifáticos, amplamente utilizado em diversos processos industriais, como na extração de óleos vegetais, na fabricação de adesivos, tintas e na produção de produtos químicos, no entanto de acordo com ministério do trabalho é proibida a utilização combinada do hexano e da etilmetilcetona. Embora seja eficaz em muitas dessas aplicações, o hexano tem sido associado a diversos riscos à saúde, incluindo a possibilidade de ser cancerígeno.
A exposição crônica ao hexano, principalmente em ambientes de trabalho, pode causar danos ao sistema nervoso, com efeitos como neuropatia periférica, fraqueza muscular e perda de coordenação. No entanto, o risco de carcinogenicidade do hexano não é tão amplamente reconhecido quanto os danos neurológicos. A Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC), que faz parte da Organização Mundial da Saúde (OMS), classifica o hexano como um possível carcinógeno humano (Grupo 2B), com base em estudos que indicam que a exposição a esse solvente pode estar associada ao aumento do risco de desenvolver câncer, especialmente em trabalhadores que o manuseiam de forma contínua e em altas concentrações (IARC, 2014).
Apesar de a classificação de carcinogenicidade do hexano ser mais precária do que a de outros compostos mais claramente carcinogênicos, como o benzeno, isso não diminui a preocupação com os efeitos de sua exposição. É importante lembrar que os estudos sobre a carcinogenicidade do hexano ainda estão em andamento, e o risco pode depender de fatores como a duração da exposição, a concentração do composto no ambiente de trabalho e a susceptibilidade individual.
Além disso, o hexano não só apresenta risco de câncer, mas também pode ser tóxico para outros sistemas do corpo, como o sistema respiratório e o fígado, especialmente quando a exposição ocorre sem o uso de equipamentos de proteção adequados. Para minimizar esses riscos, é essencial seguir as normas de segurança no trabalho, utilizar equipamentos de proteção individual (EPIs), além de garantir que haja ventilação adequada nos ambientes onde o hexano é utilizado (CDC, 2020).
Em resumo, embora ainda existam debates sobre a classificação do hexano como carcinógeno, sua exposição crônica representa sérios riscos à saúde, sendo fundamental que se adotem precauções rigorosas para proteger os trabalhadores e a população em geral de seus efeitos potencialmente prejudiciais.
Referências
IARC – INTERNATIONAL AGENCY FOR RESEARCH ON CANCER. IARC Monographs on the Evaluation of Carcinogenic Risks to Humans: Hexane. Lyon: World Health Organization, 2014. Disponível em: https://www.iarc.who.int/. Acesso em: 4 dez. 2024.
CDC – CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION. Hexane – NIOSH Pocket Guide to Chemical Hazards. Atlanta: U.S. Department of Health & Human Services, 2020. Disponível em: https://www.cdc.gov/niosh/npg/. Acesso em: 4 dez. 2024.
OSHA – OCCUPATIONAL SAFETY AND HEALTH ADMINISTRATION. Hexane. U.S. Department of Labor. Disponível em: https://www.osha.gov/. Acesso em: 4 dez. 2024.
NIOSH – NATIONAL INSTITUTE FOR OCCUPATIONAL SAFETY AND HEALTH. Hexane: Toxicological Review. Atlanta: Centers for Disease Control and Prevention, 2020. Disponível em: https://www.cdc.gov/niosh/topics/hexane. Acesso em: 4 dez. 2024.
ECHA – EUROPEAN CHEMICALS AGENCY. Classification of Hexane as a Carcinogen. Helsinki: European Commission, 2020. Disponível em: https://echa.europa.eu/. Acesso em: 4 dez. 2024.
Site: https://www.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/busca?q=exposi%C3%A7%C3%A3o+a+hexano Acesso em: 4 de dez 2024.